27 de outubro de 2007

Aquele assunto básico...

"Seu gosto é bem do jeito que eu gosto
Bem do jeito, lamento

Que é só mais um lamento entre tantos já feitos
quisera desse jeito lembrar de outros tempos
só pra matar um pouco a saudade
mesmo assim querendo que você não ouça"

[trechim de "Mais um Lamento"de Danilo Moraes / Céu]

21 de outubro de 2007

16 de outubro de 2007

Sete vezes Alzira

Alzira descia na estação de trem e simulava um sorriso receptivo achando que alguém a esperava. Sete vezes por semana descia do trem. Sete sorrisos receptivos às 23:30. Sete vezes ninguém.

Alzira batia o bolo, assava, comia, sozinha. Sete sorrisos gratinados por semana.

Alzira queria culpar o mundo por escrever cartas pras paredes.
Queria culpar o mundo por inventar novos perfumes pra ninguém.
Culpar o mundo por não conseguir ser só.

Alzira queria sonhar ser só e sã.
Queria o céu, mas o céu de Alzira morava tão perto [o sorriso não lhe permitiria tocá-lo].

Alzira olhava a porta da sala
Alzira olhava a porta do fogão

estalava dedos,
respirava
sorrisos
gratinação

nimbus-de-porta-de-sala
gás-de-porta-de-fogão

23:30
sete vezes

14 de outubro de 2007

Descobertas Preciosas!

1. É possível ter vida social em Itajaí [eu já tinha desistido há tempos!];
2. Cerveja também faz bem pra pele;
3. Talk shows com os amigos e cortes de cabelos em massa são uma boa pedida para o fim de semana;
4. Suco de cajú não mata a sede;
5. Ovomaltine faz bem pros ânimos matinais:
6. Bêbados sempre tem o direito de pedir um ombrinho;
7. A saudade que a gente sente quando está feliz é melhor do que a outra [a mais egoísta];
8. A Vanessa da mata ainda fala comigo:


Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa vida
E será uma maldade veloz
Malignas línguas
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam
Ilegais

[...]

Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa farra
E será uma maldade voraz
Pura hipocrisia
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam
Olhos ilegais

[...]

Ilegais // Vanessa da Mata