30 de outubro de 2008

Que así sea!

Friozinho, sopa de ervilha [receita nova...], nostalgia no scanner, e Buena Vista Social Club na vitrolinha... tem noites que é só os tiozinhos do Buena Vista e eu, salvando la noche... [mais a Manu no méssiene, remexendo na cadeira].

Se liga na letra... e pega o rebolado:


El Cuarto de Tula


"El el barrio La Cachimba se ha formado la corredera
El el barrio La Cachimba se ha formado la corredera
Allá fueron los bomberos con sus campanas, sus sirenas
Allá fueron los bomberos con sus campanas, sus sirenas
Ay mamá, ¿qué pasó…
Ay mamá, qué pasó? x 2

El cuarto de Tula; le cogió candela
Se quedó dormida y no apagó la vela. x 3

¡Que llamen a Ibrahim Ferrer, que busquen los bomberos!
Que yo creo que Tula lo que quiere (Seňor) es que le apaguenel fuego.

El cuarto de Tula; le cogió candela
Se quedó dormida y no apagó la vela.

Ay, por ahí viene Eliades, en tremenda corredera
Viene a observar el cuarto de Tula que ha cogido candela

El cuarto de Tula; le cogió candela
Se quedó dormida y no apagó la vela."

28 de outubro de 2008

Felicidade é... [parte 19]



... melhorar de humor repentinamente por causa de uma foto que eu roubei do www.superziper.com.

27 de outubro de 2008

Sol em Macondo??

É... o verão está chegando, e com ele os insetos. E eu lendo Kafka ontem antes de dormir... Se Jesus não salva, pode ter certeza que Kafka dá uma boa ajuda!

[...]

Lembrei dum post do Rodrigo [o kurtanesque ali do lado nos links] em que ele falava que, certa vez, um copo de nescau e o Rimbaud tinham batido feio no estômago pela manhã [alguma coisa assim...] Ontem aconteceu isso comigo: um copo de ovomaltine e o Frederick Jameson me derrubaram. Fui pro banheiro as duas da manhã achando que era o mal-estar da lucidez. Mas não. A culpa era do ovomaltine mesmo.

[...]

Só mais um capítulo e a monografia fica uma graça... Do meu fígado e do meu pulmão é que não posso dizer o mesmo! Definitivamente, Sr. Jameson: na pós-modernidade, monografia e inferno astral não combinam!

26 de outubro de 2008

Chuva e mau humor em Macondo

Tem dias que eu sei exatamente o que está acontecendo comigo. Eu compreendo o trânsito entre o calcanhar e a ponta dos fios de cabelo. É raro, mas acontece! Já diria a Clarice Lispector: "O que eu vou fazer depois do dia que eu for feliz?". Por mais que eu já tenha compreendido isso há algum tempo, eu volta e meia me vejo com esta frase na cabeça. É, Clarice! A lucidez acaba com o humor de qualquer um!

22 de outubro de 2008

Shake it, hon!

17 de outubro de 2008

Você já foi a um enterro de blog?

Post do blog do Daniel Costa de Souza, que eu colei, pois acho que reflete a pós-mudernidade!


"Morreu o Pinóquio. Com esse codinome, eu escrevi meu primeiro blog, entre agosto de 2006 e julho de 2007. De lá pra cá, o coitado ficou impossibilitado de se manifestar na web por problemas de velhice, comprovada pelo “zip.net” no endereço.

O último comentário foi registrado dia 1º de outubro, agora, deste ano. Com o nome Marta, sem dar sinal pra receber resposta, uma leitora escreveu o epitáfio do Pinóquio:

'Que blog ridículo…como vc é idiota! Do jeito que escreve dá pra ver que vc se acha superior aos outros'

Reler o blog antigo me fez rir. Pelo comentário recente da tal Marta, uma surpresa pra um blog parado, e pela quantidade de asneiras e pérolas reunidas num mesmo endereço. A diferença básica do Pinóquio pro Texto Decorado, além da proposta visual, é que lá eu parecia não ter a mínima expectativa de que seria lido por alguém que não fosse meu amigo. O problema é que teve gente desconhecida que leu uns segredos lá e virou meu inimigo. Tudo história pra contar.

Dar o “excluir este blog” pelo Uol trouxe a sensação de que tudo se renova. Guardadas pra mim as alegrias e angústias, é hora de mostrar aos outros um novo eu. Sim, porque o blog é hoje a extensão da identidade de um blogueiro. Indissociável. Talvez por isso ter mais de um blog seja agonizante.

Como meu nome ficou explícito em alguns posts daquele blog, preferi tirá-lo da net, mas as pérolas estão salvas e serão jogadas, aos poucos, para os leitores do Texto Decorado.

A primeira, que comprova que O Pinóquio tinha muita vontade de viver, foi escrita em 8 de setemrbo de 2006, a partir das imagens de um festival de rock dos anos 70:

'Meu princípio aqui é mentir. Meu fim, oferecer informação adequada, restrita, alternativa. Porque o que é pra todos é pra nenhum. Porque a TV substituiu os livros rapidamente, e os blogs precisam substituir a TV. Porque a rede talvez personalize, traga um pouco da individualidade da origem dos humanos. Cause we got to get ourselves back, ainda que não no gesto, não no toque, não no cheiro. Mas mais longe. (…)


Como no bom jornalismo, resta-nos usar a própria máquina para reformá-la. Paguei dez reais pelo disco digital. Vi um pouco de uma geração que deveria estar em cada lugarzinho onde se guardam imagens católicas neste país. Para lembrarmo-nos de que eles queriam se mudar, mas não tinham transporte. Nós não precisamos fugir com químicas. Podemos embarcar. Dirigir. Aproveitar a tecnologia.'




Compareceram ao velório do Pinóquio, na Praia da Atalaia, os leitores que sempre comentavam no blog. Da esquerda pra direita, na foto: Daniel Olivetto, Gio Ramos, Fábio Ricardo, Thiago Floriano, Monalisa Budel e Marina Melz. Obrigado pelas condolências!"

14 de outubro de 2008

Pra que dormir, porra!?

Minhas madrugas seriam menos felizes sem eles
[leia-se "felizes" como bem entender]:

11 de outubro de 2008

Como se tornar um perfeito cafajeste

Não compartilhe músicas em menos de duas semanas. Não tire do armário sonhos e angústias em público. Nunca ligue no dia seguinte. Nunca pareça frágil. Um cafajeste exemplar não tem sentimentos complexos, muito menos os divide com seres de respiração própria. Relações com plantas, coleções de filmes, objetos raros, e com exaustivos turnos de trabalho são as mais aconselháveis. Não crie metáforas, nem mensagens afetivas. Faça garatujas de sentidos obtusos. Não desenhe nas estrelas, não escreva no guardanapo, não suplique, não sussurre. Choro, nunca. Chances de adeus com perspectivas estão censuradas. Não explique os fatos. Não emoldure fotos. Não sorria, por mais que o temor de uma palavra sensata lhe sugira sorrir. Fale sobre amenidades. Desça as escadas de forma vagarosa. Não dê pistas do seu cotidiano. Não exibir muitos desenhos interiores é altamente recomendável. Mesmo que se ache tolo, seja íntegro, e finja que tudo é comum. Torça pra que tudo seja passageiro. Mesmo que não se reconheça em tais atitudes, nunca pouse por mais que três minutos a cabeça sobre o travesseiro. Tempo máximo de um abraço: 35 segundos.

8 de outubro de 2008

Terror on line

Conversinha estranha esses dias no msn:

"Daniel Olivetto diz:
escuita
tô tem me mandado umas mensagens meio estranhs
deve ser irus

. Ricardo diz:
como assim?

Daniel Olivetto diz:
ou alguém que tá te zoando
no orkut
tipo

. Ricardo diz:
hahaha misplica

Daniel Olivetto diz:
ontem tu mandou o flyer do orkut
e depois caiu uma mensagem
tipo falando onde era o Blues!!!
e tinha uma escrita meio nerd
não perece com as coisas que tu escrver
ja aconteceu umas vezes

. Ricardo diz:
kra naunm dah boala essas coias eh tipos euw tow poussiecdo, entede?
'tenho medo de amigos psicopatas!'

Daniel Olivetto diz:
affeee
que medooo
quem tá aí????

. Ricardo diz:
loooko
hahahahahahaha
ai, daniel! pelamorde!

Daniel Olivetto diz:
sai do corpo do meu amigo, espírito do mal
devolve o Ricardo que eu gosto dele
sái

. Ricardo diz:
recnard tah comqndo paum satan massouw

Daniel Olivetto diz:
pár que eu vou bloqueart
ok
um teste
quandoa gente se conheceu?

. Ricardo diz:
kra a jent cinoc nheauceu na blumenhell

Daniel Olivetto diz:
acertou satanás"


[...]

vai saber que teclado tava mais possuído pelo mal...

6 de outubro de 2008

I don't want to grow up

Tom Waits, sempre genial!
Minha homenagem para o mês das crianças!


4 de outubro de 2008

À moda de Georges Perec (2)




"Eu me lembro de ter começado a escrever sobre isso, por causa do livro de George Perec, e ter dito que continuaria a escrever. Talvez por isso, eu me lembre.

Eu me lembro das luzes vermelhas, enormes, das Casas da Água, do outro lado da avenida, quando desembarquei no terminal Rita Maria, enquanto aguardava tia Oda vir me buscar. Eu me lembro de nunca ter estado antes na Ilha dos Aterros. Eu me lembro de ter pensado que Florianópolis não era um bom nome para uma cidade tão bonita, porque homenageava um ditador. Talvez por isso tenha uma arquitetura tão irremediavelmente cafona, com a cara da sua elite. Eu me lembro de ter dito que eu ficaria aqui. Lembro também de ter ficado.

Eu me lembro de uma carroceria abandonada. Do alto dela, eu praticava boxe sem luvas. Suas madeiras se fingiam de cordas, e seu chão de lona. O horizonte do planalto era o universo a ser decifrado, devorado e atravessado. Lembro de nunca ter beijado o chão.

Eu me lembro de ter feito quase mil barcos de papel e os ter distribuído na medida do meu encantamento e desejo. Eu me lembro de ter dito a alguém que sabia que estaria ali naquele momento, quando da entrega do barco. Lembro vagamente de ter um livro muito próximo.

Eu me lembro de ter amanhecido num lugar chamado Porto da Lagoa e ter adormecido num outro porto, chamado Buenos Aires. Ao abrir dos olhos, alguém me pediu pra que eu não fosse. Ao fechar os olhos, acordei. Havia uns sapatos contíguos, que pertencia a uma palhaça de cabelos azuis. Eu me lembro de ter caminhado muito e de ter visto uma lua cheia como nunca, e de ter sido feliz.

Eu me lembro de três sonhos: 1) a multidão na Ponte perguntando: quem é essa mulher?; 2) um beijo aplaudido num caixa de supermercado após a passagem de uma controversa garrafa de azeite de olivas; 3) uma pequena que voltava nos anos de 1950 para que eu pudesse beijá-la e dizer em seguida: Parabéns, pequena, pelo seu aniversário.

Devo lembrar-me de parar de lembrar e viver mais, ainda que seja impossível viver mais sem lembrar."

1 de outubro de 2008

"Aline não mora mais aqui!"

Artigo meu publicado no DC online ontem: http://www.clicrbs.com.br/pdf/5192793.pdf


POR UMA CRÍTICA MAIS CARETA

por DANIEL OLIVETTO*



O artigo escrito pelo Prof. Heron Moura "Onde está Aline?", publicado no último sábado no Caderno de Cultura do Diário Catarinense dá continuidade às discussões sobre o anonimato de Aline Valim na ilha e eu gostaria de abrir um pouco mais a conversa sobre alguns aspectos, em especial no que diz respeito às relações entre anonimato, ficção e virtualidade, três coisas que me parecem muito distintas.

Em primeiro lugar, concordo que a personagem Aline Valim, nossa crítica virtual, não seja um robô, portanto, é um ser que responde (ou deveria responder) por suas críticas. Honestamente, creio que um anônimo não responde por absolutamente nada, pois não se sabe que compromisso um anônimo tem quando escreve. E não se trata de conhecer ou não a procedência de um texto para poder discutir com suas idéias. Posso discutir com as idéias da bíblia sem saber quem a escreveu de verdade, não? No entanto, não saber quem é Aline Valim nos impede de discutir de outras maneiras suas "críticas", pois não sabemos de que lugar Aline nos fala. Não falo de ter ou não um pedigree, e sim de saber quem é o ser humano com quem converso, já que estamos lendo um jornal, material de grande compromisso com o real.

Pode parecer "careta", mas se não sei quem escreve, para quem eu respondo? Com quem eu converso? Pode ser mesmo "careta" em tempos de internet acreditar em identidade, mas se não sei quem escreve, não faço idéia do que o autor quer com um texto, e creio que a noção de responsabilidade se baseia nisso: saber quem assume o que é dito.

Sobre o que comenta Heron Moura a respeito do nosso dia-a-dia virtual, realmente estamos acostumados a responder diversos e-mails, sim, e a lidar com diversas pessoa@provedor.com.br. No entanto me parece muito distinto responder um e-mail para barbaraheliodora@provedortal.com.br e para alinevalim@provedortal.com.br, pois, eu sei quem é Barbara e não sei quem é Aline. Não é diferente responder virtualmente para um conhecido e para alguém que não faço idéia de quem seja?

Certa vez conversei virtualmente com Sara Kane em seu fotolog, após um comentário seu sobre um espetáculo que dirigi, "Hagënbeck Ltda", referente a apresentação no SESC Prainha em fevereiro de 2007. Não chamo a escrita de Sara Kane de crítica, e sim de comentário, pois creio que uma crítica não é apenas um texto em que alguém fala sobre suas impressões e adjetivos a respeito de uma obra, e sim um texto em que podemos refletir sobre a obra, um texto que fundamente suas idéias e impressões. Um texto crítico propõe um estudo mais especializado do que um comentário mais simples de blog. Ambos são importantes e abrem discussões, mas são distintos. Perguntei a Sara Kane porque não tinha ficado para o bate- papo ocorrido logo após a apresentação, momento em que poderíamos discutir presencialmente diversos temas, problemas do espetáculo, e o que mais fosse pertinente ali, logo após a sessão. Mas, tudo bem, a discussão se deu por fotolog e foi até prazerosa. Sara Kane não precisa de pedigree, afinal qualquer um pode ter um blog e escrever o que quiser. Mas não seria necessário saber de que lugar cada um fala? Quando minha mãe comenta sobre uma peça minha, ela sempre começa dizendo: "olha, eu sou leiga, mas eu acho assim, né?...". Mamãe, que não tem pedigree de crítica, situa o lugar de onde fala e seus comentários sempre me ajudam muito.

Comentário é comentário, e pode contribuir muito, sempre. Mas, quando se chama um texto de crítica, supomos que vamos ler um texto que abre uma discussão mais ampla e que não se baseia no "eu acho assim". E esperamos muito menos que uma crítica pareça um texto-veredicto, que encerra ali o próprio ato reflexivo. Mas Sara escreve comentários, e não críticas, e por um tempo até achei seu anonimato interessante, embora lhe desse menos credibilidade que dou a qualquer pessoa com ou sem pedigree, pois como não faço idéia de quem seja Sara Kane, não sei se suas opiniões não passam de ironia. Quando minha mãe fala sobre teatro, eu sei de onde ela fala. Quando Edelcio Mostaço fala sobre teatro, eu sei de que lugar ele fala, e mesmo discordando muitas vezes dele, suas críticas se fundamentam, são escritas com compromisso de quem domina o assunto e me deixam este espaço para discordar e conversar a partir de seu texto. Será que é tão "careta" assim querer saber com quem estou conversando?

O que ocorre com Aline Valim, nossa crítica que já chega fazendo sucesso na ilha, é que esta ocupa um espaço privilegiado num veículo oficial, como comentam Jefferson Bittencourt e Marisa Naspolini em seu artigo "Sobre ética e crítica em tempos de internet" (publicado no DC Cultura de 20 de setembro de 2008). E neste espaço privilegiado se discute virtualmente o que os artistas fazem presencialmente, o que gera um atrito bastante compreensível.

O teatro é uma arte presencial, que ocorre ali, frente a frente, e que coloca no mesmo território espaço-temporal a ficção e a realidade. No entanto, a respeito do que comenta Heron Moura (autor que eu sei que existe, pois, paranoicamente, corri para o site da UFSC para saber se estaria respondendo a um anônimo ou não), não é Hamlet quem desce do palco para cumprimentar o público. Hamlet é um personagem, uma criação artística, e quem desce à platéia é um ator. Sara Kane e Aline Valim, que são personagens de outro gênero criativo, não vão ao camarim de Hamlet dizer o que acharam, logo, assim como Hamlet, não existem como sujeitos.

Honestamente, não penso que seja necessário um pedigree para escrever crítica. Eu já exercitei escrever algumas críticas, mas nunca tentei publicá-las, pois achava que não ajudavam a discutir muita coisa, e deixei de publicá-las por este motivo e não por não ter pedigree. E não tenho mesmo, mas, poderia publicá-las em meu blog, deixando claro o lugar de onde falo: "sou ator, tenho 28 anos, etc e tal, e deste lugar olho a obra tal assim".

Creio que para escrever crítica seja necessário conhecer o ambiente da obra que se critica, com ou sem "diploma de crítico" (aliás, diploma de crítico não existe!). Penso que é preciso assumir sua opinião, discuti-la de maneira generosa e responsável, e fundamentar o uso de "achismos" crônicos como "cometer deslizes infantis", como comenta Aline Valim em sua crítica sobre o espetáculo "Simulacro de uma Solidão" (publicada no DC). E fundamentar não significa defender uma tese, citar um cânone e fechar o parágrafo. No caso desta crítica de Aline talvez fosse importante fundamentar apenas justificando o que significa uma atriz "cometer deslizes infantis", ou dizer que o "jogo com o público não acontece". Como se sabe que uma peça chega ou não ao público? Aline Valim é "o público"? O que significa "o jogo não acontecer"? Sabemos que o espaço para crítica no jornais é muito limitado e às vezes com uma lauda e meia não se consegue fundamentar tudo, então, que tal ser menos impactante? Quando uma crítica apresenta este tipo de "achismo" radical - e fechado em si mesmo - não se tem muito como discutir. Se eu chego chutando a porta, ninguém vai me receber bem. Não foi assim que mamãe ensinou? Um crítico não precisa passar a mãozinha na cabeça de ninguém, nem dizer tudo cheio de cautelas, mas deveria fundamentar o que acha para que possamos discordar, pois um crítico não é "o público", e sim "um público". E ser generoso não é ser bonzinho, é ser educado, o que me parece o mínimo pra abrir uma conversa. Além de chutar a porta Aline Valim saiu correndo, porque não sabemos quem ela é.

Quando leio uma crítica que diz que num espetáculo se "comete deslizes infantis", sinceramente, o que me resta é fechar o caderno e pular para os classificados. Além de pouco educado, me parece covarde essa dimensão do anonimato. Talvez seja "careta" pensar assim, mas em tempos de tantas falas sobre a virtualidade que engole as relações humanas, opto pela caretice de tentar conversar com pessoas reais. Como já diria mamãe: "eu acho assim, né?".


*Ator da Cia. Experimentus Teatrais e graduando em Artes Cênicas pelo Ceart/Udesc