28 de fevereiro de 2008

What can I do?

Negocinho porrada que não sai da cabeça nos ultimos dias:
Anthony and the Johnsons, com Rufus Wainwright...

" What can I do
When the bird's got to die
What can I do
When she's too weak to fly
What can I do
When she's calling my name
She's crying
Mama, Help me to live
What can I do"

25 de fevereiro de 2008

Diálogo pós Oscar

Eu e Malcon vendo a notícia da renúncia do Fidel as três da manhã no Globo News:

Eu - Queria estudar economia...

Malcon - Pra aprender a economizar?

Eu - Não! É que eu me sinto tão burro em relação a economial... O Fidel sai do poder e eu não sei como isso vai influenciar na minha vida, sabe?

Malcon - Bom, uma borboleta bate as asas em Pequim e chove em Nova Iorque.

Eu - Ahn?

Malcon - É a teoria do caos do Jurassic Park... Eu vi o filme 38 vezes, por isso eu lembro do diálogo...

(Silêncio)

Eu - Que legal que a Marion ganhou né?

Malcon - Ela é, tipo, a borboleta que eu falei...

Eu - Oi?

Malcon - Vâmo dormir!

16 de fevereiro de 2008

8 de fevereiro de 2008

O Marido de Alzira

Alzira não era sozinha... Era alheia. Isso se justifica por sua coleção de maridos. Gustavo era o marido-travesseiro, aquele que lhe servia de peito, de ombro, de afago noturno e que ali, ao lado da cama, amanhecia cabisbaixo, porque ela só era assim sozinha quando dormia e não quando o sol cruzava o ângulo da janela. João era o marido-mesa com quem falava de seus assuntinhos matinais: sorrisos débeis, corn flakes e muitas promessas. No trabalho Alzira passava horas com Fernando o marido-telefone, com quem ria pelos cantos de seu box de escritório. Alzira gostava de dizer "eu te amo", precisava dizer isso cinquenta vezes por dia. Alzira era feliz assim, porque Eduardo o marido-taxi lhe pegava - com uma caixa de maridos-rosquinhas - na mesma esquina todos os fins de tarde. Eduardo lhe deixava sempre em casa as 19h30h. Ali esperava Francisco, o marido-poltrona com quem a vida passava sem perceber. Era uma mulher como poucas, a Alzira. Inteligente, sensível, "de bem com a vida", "cheia de simpatia e vivacidade". Alzira é dessas mulheres que não precisam da ninguém. Alzira é uma mulher ímpar.