Pra guardar numa caixinha
Não entendia a alegria nostálgica - esse instante em que o passado se fundia com a goteira desse dia anuviado. Só queria que as brisas boas (que o acordam dormindo) ficassem rondando, feito nuvem, até virar um retrato. E então, era só guardar. Só queria que nada disso fosse embora antes dos barulhos do trânsito anuviassem o começo do dia. Por vezes se sentia tão feliz que temia implodir, tamanho o volume das músicas, a quantidade de afagos que guardara, e os desejos de uma noite diferente. Nem melhor, nem pior. Apenas diferente.
[Foto da Aninha Lubitz, imagem que já andou por aqui outrora...]
3 comentários:
Me emocionou demais... muita sensibilidade.
Um instante, um segundo que queremos guardar pra eternidade...
Lindo texto!
Parabéns!
Abraços
Noites Diferentes... adoro!
lindo...
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