Quanto valem as palavras emprestadas
Protesto contra o Gregory, que resolveu se calar em www.rosetaseespinhos.blogspot.com:
Comecei, enfim, a ler o primeiro romance do meu irmão emprestado, e fiquei bege por ele ter escrito isto que eu vou colar abaixo. E bege por ter começado a lê-lo justo neste momento de catástrofe. As primeiras páginas me fizeram parar pra respirar. Greg, eu entendo a vontade de silenciar. Mas, não concordo. Eu também acho tudo o que eu faço muito fútil nesse momento. Mas escrever é um ofício. Não é o meu, mas é o teu. Cada um reconstrói de algum jeito aquilo que queremos ter de volta. A tua obra é, ao mesmo tempo, represa e rio.
"Através da única janela do apartamento, que ocupa toda uma parede da sala, eu vejo o castanho dos meus olhos refletido nas águas turvas que congestionam as ruas. Alguns carros, poucos, permanecem presos ao chão, encostados em postes ou em muros. Muitos dançam conforme a correnteza os guia, um mau condutor guiando uma dançarina inexperiente"
Gregory Haertel, em "Aguardo"
7 comentários:
ai que lindo!!!!
eu já li...e me emociono sempre que leio algum pequeno fragmento...isso tá tudo dentro de nós, humanos: a catástrofe, a beleza,,,tudo!
digno
opa, põe minha assinatura no protesto! excelente....
:****
aaaaai, adorei o papai noel de charuto no calendário.
esse calendário é ótimo.
tua cara!!!!!!!
ele não quer escrever mais por causa da enchente?
mas realmente não há nada para se escrever sobre ela! ta tudo tão midializado que não sobra voz para tentar apontar algum aspecto Maior.
eu também vou dar uma parada até que meus poemas parem de se encher de água, porque se eu sento para escrever logo aparece a enchente como metáfora de qualquer coisa que eu sinta. Pensei em escrever sobre o deserto, mas quando vejo, até o deserto está inundado.
Vou esperar meus poemas secarem.
bjos
fico boba... tem gente que faz poesia em comentário de blog!
;)
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