Princípios que retornam... e retornam... e retornam...
O Sr. Druon ressurge no palco de uma escola hoje pela manhã e o intérprete resmungava ao fim da apresentação... Cada vez que apresento "O Menino do Dedo Verde", espetáculo no qual atuo solito há uns quatro anos, eu entro em contato com coisas que nem sempre são aquelas que eu realmente quero encontrar... é sempre um retorno... sempre. Muitas obras artísticas chegam no momento em se desatualizam (ou se cristalizam, como costumamos dizer). Nunca pensei isso sobre "O Menino...", mas pensei hoje após a apresentação me vendo insatisfeito com o trabalho do dia. Seria uma desatualização do espetáculo? (chamo de desatualização a velhice na forma de comunicação, ou na estética, ou no sentido do que se diz e do como se está dizendo...) Seria a cristalização ou o velho conflito de um ator quase velho que prefere abortar a obra que lhe exige cruzar uma nova fronteira? Em suma: será que o espetáculo envelheceu ou o ator se fixou demais em certezas que precisam ser esquecidas pra uma nova pulsação ser gerada?
Um comentário:
A insatisfação é sempre um motorzinho. Espero que tenhas dado um salto depois desse dia. Abraços e sucesso!
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