27 de janeiro de 2008
23 de janeiro de 2008
Alzira não mora mais aqui
Postado por Daniel Olivetto às 7:15 AM 6 comentários
22 de janeiro de 2008
A melhor do mês
Postado por Daniel Olivetto às 4:24 PM 2 comentários
21 de janeiro de 2008
O Espaço em Aberto
Guimarães Rosa
Postado por Daniel Olivetto às 6:43 PM 2 comentários
19 de janeiro de 2008
Sobre Minhocas e Afagos
Alzira
Veja “Liloca, a minhoca” em, www.rosetaseespinhos.blogspot.com, um presente (talvez) involuntário do Greg.
Postado por Daniel Olivetto às 9:55 PM 4 comentários
Marcadores: POESIA NÃO RESOLVE
18 de janeiro de 2008
Micro-espaço noite adentro
Alzira conversava com a sala vazia... simulava uma entrevista em que blablablava sobre sua vida, suas projeções, seus sonhos, suas filosofias baratas. Entre os varais de roupas ela falava com ninguém... filosofia para baratas de área de serviço. Ali recriava entre os varais uma espécie de micro mundo a cada noite, um espaço fechado, reservado pros seus cigarros e devaneios insones. Alzira via suas projeções servirem pra nada, seus assuntinhos, sua presunção... tanta prepotência, tantos achismos e Alzira estava ôca. As janelas vizinhas se apagam. O carro da esquina acende o farol e some lentamente pelas quadras. A fumaça do cigarro inebriando a área de serviço de Alzira. O carro cada vez menor no angulo entre os varais. A madrugada cada vez maior e o quarto-varal cada vez mais vazio.
Postado por Daniel Olivetto às 7:41 PM 3 comentários
11 de janeiro de 2008
Retrô... últimos momentos
Melhores da Temporada 2006/2007
:: Melhor Trilha Sonora
Babel
Paris, Te Amo
O Cheiro do Ralo
Piaf – Um Hino ao Amor
Não por Acaso
:: Melhor Figurino
O Cheiro do Ralo
Hairspray
Marie Antoniette
:: Melhor Fotografia
Babel
O Cheiro do Ralo
Nâo por Acaso
:: Melhor Montagem
Os Infiltrados
O Cheiro do Ralo
Babel
:: Melhor Maquiagem
Piaf – Um Hino ao Amor
Hairspray
Marie Antoniette
:: Melhor Canção
“Come so far (got so far to go)” de Hairspray
“Carona” de Não por Acaso
“We´re All in the Dance” de Paris, Te Amo
:: Melhor Roteiro
Pequena Miss Sunshine
O Cheiro do Ralo
Babel
Scoop - O Grande Furo
Mais Estranho que a Ficção
:: Melhor Conjunto de Atores
Pequena Miss Sunshine
O Cheiro do Ralo
A Última Noite
Babel
Hairspray
:: Melhor Atuação Masculina
Garrison Keillor [A Última Noite]
Will Ferrel [Mais Estranho que a Ficção]
Selton Mello [O Cheiro do Ralo]
Alan Arkin [Pequena Miss Sunshine]
:: Melhor Atuação Feminina
Marion Cottilard [Piaf – Um Hino ao Amor]
Lily Tomlyn e Meryl Streep [A Última Noite]
Imelda Staunton [Harry Potter e a Ordem da Fênix]
Emma Thompson [Mais Estranho que a Ficção]
Adriana Barraza [Babel]
:: Melhor Direção
Alejandro Gonzalez Iñarritu [Babel]
Johnathan Dayton e Valerie Faris [Pequena Miss Sunshine]
Olivier Dahan [Piaf – Um Hino ao Amor]
Robert Altman [A Última Noite]
Heitor Dhalia [O Cheiro do Ralo]
:: Melhor Filme de Longa-metragem
[em contagem regressiva... rssss]
10º - Scoop - O Grande Furo [Estados Unidos]
de Woody Allen
Woody Allen é um mestre nesse gênero "comédia de suspense" [que se não me equivoco deve ter sido inventado por ele mesmo]. Belo roteiro, instigante, divertido, com um casal central adorável [Scarlet Johansen e Hugh Jackman], e Woody mais uma vez com seu delicioso clown do brooklin, perdido em meio aos quiprocós de suas mentiras. O tom insólito e bem humorado da barca do inferno é outro detalhe marcante...
9º - Os Infiltrados [Estados Unidos]
de Martin Scorcese
E olha que eu já fui pra não gostar...Depois de umas derrapadas feias com "Gangues de Nova York", Scorcese volta em excelente forma neste policial porreta com trama de grande apelo e atualidade. Um retrato cruel e quase desesperançoso sobre o crime organizado e sobre os reais poderes no mundo atual. Montagem maravilhosa e, como se fosse novidade, um show de Jack Nicholson.
8º - Paris Te Amo [França]
diversos diretores
Apesar do número exagerado de histórias, o filme encanta por não se perder no cartão postal da capital francesa. Quase um retrato de uma cidade como outra qualquer cheia de histórias como estas, das mais simples histórias de amor a algumas narrativas fora de qualquer realismo. Destaque para a história dirigida por Isabel Coixet, sobre um homem que se reapaixona pela esposa em estado terminal [Miranda Richardson] e para o ultimo quadro dirigido por Alexander Payne sobre a carteira americana [Margo Martindale] que redescobre algo especial em Paris. Vale notar o trabalho de Gena Rowlands, exuberante no quadro dirigido por Gerard Depardieu.
de Phellippe Barcinsky
Apesar de resvalar em certo pieguismo [derrapadinhas bem leves] Não por Acaso é um filme de grande inteligência. Bom trabalho de Rodrigo Santoro, mas, certamente trabalho ímpar mesmo de Leonardo Medeiros, que enfim ganhou uma papel à sua altura. Pra mim, Medeiros é a alma do filme, carregando o tom melancólico e tumultuoso que sustenta as linhas destas histórias tão complexas, mas tão próximas.
6º - Mais Estranho que a Ficção [Estados Unidos]
de
Quem somos nós? O que estamos fazendo neste mundo? Há um Deus que nos rege? Só por conseguir fazer esta discussão já tão batida e tão vazia de respostas não cair no lugar comum, o longa de Marc Forster já merece suas estrelinhas. O filme ainda revela um trabalho impecável de Will Ferrel [apoiado por um elenco brilhante], montagem e fotografia super dignas e uma reversão de expectativa, que ao invés de cair na mensagem barata dá novo fôlego à narrativa nos últimos minutos. Belo filme!
5º - Babel [Estados Unidos/México]
de Alejandro Gonzalez Iñarritu
Há tempos não via uma obra tão forte sobre a intolerância e suas possíveis razões. E poucas vezes um filme consegue apontar respostas pra esta questão. Babel explora a língua, a incompreensão, as diferenças de identidades como razões da intolerância, e o faz cruzando diversas atmosferas, ora mais lírico ora mais cru, ríspido. Fotografia exuberante num filme cheio de pequenos detalhes visuais. Em vez de sugerir possíveis respostas, Iñarritu parece responder em voz alta aos delírios do mundo atual.
4º - Piaf – Um Hino ao Amor [França]
de Olivier Dahan
Outro filme que poderia cair na fórmula... mas, em vez de nos mostrar a tradicional “saga de um grande mito desde a infância a velhice, pra fazer chorar as multidões” a direção parece apostar justamente no tom melodramático [como já disse o Turnes no post anterior], já que a própria vida de Piaf carrega este tom, assim, a direção utiliza o melodrama de forma inteligentíssima, uma aposta certeira, com belo roteiro, edição impecável e um trunfo maior que todos: a atuação magnífica de Marion Cottilard. Francamente, a mulher pode se aposentar agora, que já será lembrada pra sempre por esta performance monstruosa, tão monstruosa quanto sua personagem-título. Por falar em título, só o título do filme em português é que não ajuda né??
3º - A Última Noite [Estados Unidos]
Filme de mestre, e digo sem medo de rasgar seda fácil. Bela despedida de Altman, que mostra que sua genialidade possivelmente vem de sua profunda inquietação. O fim da rádio, o fim da arte, o fim da vida... Altman se despede com uma provocação de arrepiar, sem se esgotar em conversa fiada, apostando na simplicidade de uma boa história, na leveza, e [como sempre] num grande elenco.
2º - O Cheiro do Ralo [Brasil]
de Heitor Dhalia
O segundo longa de Dhalia é um belo soco no estômago, mesclando elementos urbanóides, insólitos, patéticos, e que debaixo de tantas referências consegue ser super humano e tocante. É ódio, é piedade por este homem insano, que reflete pra tão mais que a imagem caricata e charlatona. Elenco sem ter o que tirar do lugar: desde as pontas aos protagonistas. Junte isso a uma fotografia de mestre, e um trilha supimpa, e aquela bunda, gente... que bunda! Um filme memorável desde já!
1º - Pequena Miss Sunshine [Estados Unidos]
Certamente a força do cinema americano hoje deve quase tudo aos diretores independentes. E desta vez eles se passaram... O filme, que parece embarcar no formato “filme de família” [aventura de estrada pra fazer uma menininha ganhar um concurso? Convenhamos...], consegue fugir de toda a receita com uma inteligência ímpar. Você parece ter pago pra ver filme de família, e leva uns bons tabefes na cara... sacada de direção das melhores. É riso em meio a choro. É desespero em meio aos momentos mais patéticos. E nisso o filme ultrapassa os limites dos gêneros, do plausível, do palpável, dos adjetivos, e nos confunde as emoções numa impagável crítica à família, às neuroses da beleza, as neuroses do modelos de sucesso. Pra mim este é [desde já] daqueles filmes que precisam ser lembrados sempre: pela estética, pelas provocações emocionais, e pelo discurso, humano e devastador. [E era uma comédia de família no cartaz!]
(...)
Menção Honrosa para Curta-metragem
Isto não é um filme [Brasil] de Loli Menezes de 2007
... delícia de curta, inteligente, e cheio de referências bacanas pra se pensar a criação artítica e a criação cotidiana.
Menção Honrosa
[filmes que só fui ver este ano]
Lavoura Arcaica [Brasil] de Luiz Fernando de Carvalho - 2001
Lugares Comuns [Argentina / Espanha] de Adolfo Aristarain - 2002
Quanto Vale ou é por Quilo [Brasil] de Sérgio Bianchi - 2005
Os Incríveis [Estados Unidos] de Brad Bird - 2004
Old Boy [Coréia do Sul] de Park Chan Wook - 2004
Ônibus 174 [Brasil] de José Padilha - 2002
(...)
Era isso... vamos conversando mais...
Obrigado aos convidados pelas listas e a todos que comentaram...
Abraços
Postado por Daniel Olivetto às 9:41 AM 14 comentários
8 de janeiro de 2008
Top 9 vistos em 2007
Essa lista é de filmes que eu vi e gostei em 2007, a cronologia é doida, tem filme véio, filme novo, não tem ordem. E também não tem ordem de melhores, fui lembrando e escrevendo.
Vamo lá!
M – O Vampiro de Düsseldorf
O clássico do expressionismo sonoro de Fritz Lang é um espetáculo de montagem profundamente emocional. O P&B deslumbrante sugere sombras mais psíquicas que monstruosas. A mis-en-scene rígida, limpa e simbólica consegue extrair sentimentos sinceros do elenco, liderado por um Peter Lorre de olhos esbugalhados e cara de doidão. Seu monólogo final soa um tanto demodé, em grande estilo teatrão, mas marca uma época de transição, na qual o cinema deixou-se encantar pelo verbo.
Macunaíma
O herói sem caráter de Mário de Andrade é revisto sob a ótica tropicalista e antropofágica de Joaquim Pedro de Andrade. Moderno, irreverente, hilário, colorido, farsesco, lindo de se ver. Paulo José é um grande ator jovem pulsando criatividade e inteligência cênica. Grande Otelo é a encarnação da chanchada, palhaço mestre nesse estilo genuinamente brasileiro de atuar. Dina Sfat é a diva que o Brasil perdeu cedo demais. Obra – prima irretocável.
Os Incompreendidos
Godard é um chato. O maior cineasta da França é Truffaut e não se fala mais nisso. Seu cinema comunica, emociona, é delicado e poético sem ensimesmar-se e se auto-alimentar em seu próprio discurso. Nesse filme o mestre apresenta o garoto Antoine Doinel, personagem alter-ego. Protagonista de várias produções posteriores, sempre foi interpretado por Jean Pierre Leaud, que cresceu sob a batuta do mestre. Autobiográfico, emocionante, leve, amoroso, cinema em cada fotograma. Nouvelle Vague para todo mundo.
O Mensageiro Trapalhão
Jerry Lewis continua sendo um gênio outsider, mesmo depois de décadas de encantamento que sua arte produziu. Clown loser e apaixonante, o ator-diretor-roteirista-produtor esbanja seu gigantesco talento histriônico nessa obra-prima do humor físico. O roteiro nada convencional é uma colcha de retalhos de esquetes quase sem ligação entre si, nos quais o cômico desvia o andamento natural das coisas em favor da graça absoluta. Clássico, vanguarda, metalinguístico, auto-referente, anárquico, Jerry é uma inspiração e um tesouro.
Mais Estranho que a Ficção
Se os roteiros de Charlie Kauffman já fizeram escola e já viraram estilo, essa é a melhor das cópias. Divertido e tocante, o filme mistura inconsciente, fantasia, literatura e romance sem parecer um caos moderninho, um pastiche kauffmaniano. Tem identidade própria, apesar das referências tão próximas. E ainda revela um Will Ferrel muito além do vaudeville.
À Prova de Morte
Sim eu já vi o novo Tarantino. Me segurei na poltrona e viajei no estilo do enfant terrible americano e seu cinema de referências nada esperadas. Death Proof é engraçado, sexy, violento e catártico. É setentista, retrô, underground, tem mulher gostosa e poderosa, a trilha é genial, como sempre. E ainda dei vexame dando gritinhos de UHÚ na seqüência final. É cinema pra se divertir, de um diretor que domina seu estilo com absoluta propriedade.
Piaf
Cinemão francês feito pra chorar. Muito bem feito pra chorar. Melodramático, exagerado, emocional, arrepiante, dramático....ui que delícia. É pra se entregar e pronto. O tom trágico é coerente com a vida da estrela francesa, que tinha a tragédia enfiada na alma e colada na voz. A seqüência em que Piaf recebe a triste notícia sobre seu amado Marcel é filmada com uma sofisticação e um lirismo inesquecíveis. E ainda recebemos a interpretação gigantesca de Marion Cotillard como um soco na boca do estômago. Sua caracterização é inebriante e as transições que constrói dignas de um monstro sagrado da arte de ser outro, e ainda ser tão sincero. Sua Piaf dói.
Pequena Miss Sunshine
Num universo cheio de tecnologias, motions captures, Dakotas Fannings (medo!), digitalismos, astros temperamentais e as mesmas velhas histórias recontadas, surge essa pequena pérola do melhor cinema independente americano, provando que cinema pode ser roteiro, ator, e uma kombi. E claro uma direção sutil e sensível que não quer aparecer mais que seus personagens. Ah! E uma criança que parece criança. Apaixonante road movie.
Horror de Frankenstein
Um clássico da Hammer Films, produtora inglesa célebre pelas adaptações de horror de baixo orçamento, violentas, kitsches, às vezes patéticas. Mojica, Coppolla e Polanski, os jovens cineastas e videomakers do trash, todos beberam nessa fonte de terror fake, nesses cenários de casa de vó, cobertos de papel de parede e móveis de brechó, nesses figurinos reaproveitados, nesses atores de fleuma britânica e impostação duvidosa. Para quem não se importa com a necessidade de verossimilhança que o cinema realista nos ensinou e se entrega ao jogo e à fantasia. E é capaz de rir em meio à carnificina.
(...)
Essa semana tem a ultima lista... que é do dono da casa!
Postado por Daniel Olivetto às 12:37 PM 8 comentários
Marcadores: CINEMA
2 de janeiro de 2008
Melhores e Piores de 2007 - 3a parte
Dani: Pode!
Eu: Mas será que vale a pena falar de filme que ninguém viu?
Dani: Vale, pode falar de qualquer coisa!
E assim segue uma lista de melhores e “piores” filmes brasileiros do ano. Espero que se sintam curiosos pra assistir aos filmes que posto aqui. Com exceção do prêmio plus, todos merecem ser vistos. Ah, não vou falar de “Cheiro do Ralo”. Não acho justo. Divirtam-se.
Os que prometiam e não foram
5º - Deserto Feliz, de Paulo Caldas
Eu gosto do filme. Acho até muitíssimo interessante exceto pelo final. Aquele típico filme em que o fim estraga. O problema é a personagem imaginar uma Berlim real. Quem de nós imagina um país, ou um lugar qualquer, que seja exatamente o que é? Principalmente se tratando de uma menina pobre do sertão (sim, de novo sertão) completamente ignorante. Mas enfim, o filme tem boas interpretações, adoro a participação de Hermila Guedes (que fez o céu de Suely). Vale a pena assistir.
4º - Tropa de Elite, de José Padilha
3º - Antônia, de Tata Amaral
Quer ser poético demais, soa falso. Muita citação, ficou careta e canastrão. Nem Alice Braga (que acho ótima) consegue me fazer acreditar no que está acontecendo. Marco Ricca então... Mas não coloco a culpa nos atores. O roteiro é pretensioso demais por um lado e por outro é ruim mesmo: “Acho que não te amo mais, eu não quero mais namorar com você”. Não mostra isso pra Maria do Bairro! Por favor!
1° - (com direito a prêmio plus: Blá blá blá Wiskas Sachê):
Os Melhores de 2007
5º - Mutum, de Sandra Kogut
4º - Cão sem dono, de Beto Brant e Renato Ciasca
Sou suspeitíssima pra falar de Beto Brant. Acho que é o único diretor brasileiro autoral. Ele tem uma obra reconhecidamente dele. Adoro. Quase não consigo me ausentar pra falar, porque adoro também, além do Beto, a Tainá e o Julinho. Grandes atuações, sem a palhaçada de preparação, Fátima Toledo, etc. Adoro o tema, uma história de amor fudida e real, com cenas possíveis e reais.
3º - Casa de Alice, de Chico Teixeira
2º - Santiago, de João Moreira Salles
É muito mais do que um documentário sobre o mordomo da família Moreira Salles (donos do Unibanco), é uma revelação do diretor, um desnudamento. Filmou há 14 anos atrás e retomou o material com um olhar auto-crítico. Ele tem sobre o mordomo uma voz de comando que já não sabemos se é do diretor ou do patrão. Ele assume e critica essa postura. Uma exposição super corajosa, não só dele como da família toda. Maravilhoso.
1° - Jogo de cena, de Eduardo Coutinho
Das coisas mais lindas que já vi sobre universo feminino e trabalho de atriz. Mulheres reais, atrizes reais, histórias reais. Depoimentos dramáticos, hilários, quase surreais, que ora atrizes narravam, ora suas próprias donas. Em certos momentos, a atriz parecia se apropriar da história mais do que a dona, outros o contrário, e o diretor brinca com isso genialmente. Ou intercalando uma e outra, ou a atriz fazendo tudo, ou a mulher mesma contando tudo, ou as duas fazendo tudo, fora os depoimentos de Andréa Beltrão, que não conseguia conter a emoção (ao contrário da mulher) ou o de Marília Pêra, oferecendo um cristal japonês pra chorar “se precisar. Porque hoje em dia as atrizes fazem questão de mostrar que estão chorando, e quem chora de verdade esconde”, ou o de Fernanda Torres, se sentindo medíocre por contar uma história de alguém real, não conseguindo ser tão humana quanto a sua personagem. Pra mim, o melhor filme. Uma obra prima.
Abraços!
Postado por Daniel Olivetto às 8:12 AM 6 comentários
Marcadores: CINEMA