Retrô 5 :: Os Melhores Filmes de 2008!
OS MELHORES FILMES DE 2008
POR MALCON BAUER [again!]
“O ser humano é estômago e sexo”, dizia o cartaz de “Amarelo Manga”. Pois o diretor estreante
09- Vicky Cristina Barcelona (idem)
Woody Allen engraçado como não se via desde, provavelmente, “Desconstruindo Harry”. O choque cultural inicial entre Scarlett Johansson e Regina Hall, as duas amigas de N.Y que vão passar as férias de Espanha, e os calientes moradores locais Javier Bárdem e Penélope Cruz logo cede lugar a uma ciranda de paixões sensual e engraçadíssima. O elenco está perfeito, mas convém ressaltar o trabalho de Penélope, que já provou ser uma grande atriz quando dirigida pelas pessoas certas. É pra ver, rir, e sentir vontade de se entregar ardentemente a todos os protagonistas... Todos!
08 - O Orfanato (El Orfanato)
Nada como uma história de fantasmas bem contada. “O Orfanato” pode não inovar na sua idéia central (casal se muda com o filho para casa onde funcionava um orfanato, e coisas estranhas começam a acontecer), mas a condução da trama é o que chama a atenção. O diretor espanhol novato Juan Antonio Bayona mostra-se no absoluto domínio da situação, criando um clima sufocante de tensão e cenas de suspense de fazer pular da cadeira. A atriz Belén Rueda apresenta um trabalho marcante, levando sua personagem da incredulidade ao desespero de maneira sutil, até que a terrível verdade lhe é revelada. “O Orfanato” é daqueles filmes que ficam no canto da videolocadora. Procure! Não vai se arrepender. E de brinde, você verá Edgar Vivar, o Sr. Barriga do “Chaves”, no papel de um estudioso de fenômenos fantasmagóricos.
O mestre está de volta! Após 40 anos, José Mojica Marins finalmente completa a saga de Zé do Caixão nos cinemas. Com muito mais dinheiro do que o habitual, Mojica não deixa de lado o tipo de terror que sempre fez. Porém, desta vez, apresentando maior cuidado na produção. E entrega um filme violento, forte, assustador e engraçado como esperávamos há quatro décadas. E foi um fracasso retumbante. Uma pena. Os brasileiros ainda preferem assistir coisas como “Jogos Mortais V”. Perto da crueza de Mojica, esse tipo de filme parece um desenho dos Ursinhos Carinhosos.
06 – Juno (idem)
Uma pequena comédia sobre uma jovem grávida que decide dar seu filho para a adoção. Simples assim. “Juno” é o “Pequena Miss Sunshine” deste ano. Direção segura de Jason Reitman, personagens cativantes, trilha sonora esperta e pronto: não dá pra resistir. Ellen Page surpreende com a protagonista, dando profundidade à sua personagem e tornando-a a adolescente mais interessante já vista nos cinemas. Mas o maior mérito é da oscarizada Diablo Cody, a ex-stripper e blogueira que virou roteirista. Seu texto flui de forma fantástica, e seus personagens falam como pessoas normais. Ela é uma das novas queridinhas de Hollywood, e espero com ansiedade sua próxima empreitada.
05- Ensaio sobre a Cegueira (Blindness)
A adaptação do best-seller de José Saramago sempre pareceu difícil. Mas Fernando Meirelles topou o desafio de tornar em imagens... a cegueira. O resultado é muito bom. O diretor alcança um equilíbrio preciso entre respeito à obra original, ao mesmo tempo em que cria uma obra com personalidade própria. É neste equilíbrio que reside a beleza do filme. Também em uma fotografia e uma trilha sonora que nos deixam tão desorientados quanto os cegos que habitam o universo de “Blindness”. Por fim, Julianne Moore entrega a performance de sua carreira como a mulher do médico, uma personagem nada de heróica, e que deseja mais do que tudo não poder ver aquilo que é obrigada a testemunhar.
04- Mamma Mia! (idem)
Um musical passado na Grécia, contendo na trilha apenas canções do grupo “ABBA”. O que esperar disso? Um filme absolutamente delicioso, daqueles que te fazem sair do cinema com um imenso sorriso no rosto. O grande barato de “Mama Mia!” é que, ao contrário da maioria dos musicais, já se conhece as músicas. E torna-se um prazer quase orgásmico perceber os primeiros acordes de “Mamma Mia”, “Dancing Queen”, ou “I do, I do, I do, I do, I do” surgirem na tela. E ao contrário do arrastado “Across the Universe” (aquele com músicas do Beatles), a história do filme é dinâmica, engraçada, e promove um encaixe perfeito das canções. Meryl Streep rejuvenesce 10 anos numa performance fantástica, cheia de energia e emocionante (Se “The Winner Takes it All” não der um nó na sua garganta, você não tem coração!) que, espero, não deverá ser esquecida no Oscar 2009. E não posso esquecer minha coadjuvante preferida, Christine Baransky, como a amiga rica e botocada, esbanjando carisma em “Does Your Mother Know”. Veja de coração aberto. É brega? Sim! Mas com tudo que a breguice tem de melhor.
03 - Wall-E (idem)
Ano passado elegi “Ratatouille” o melhor filme e várias pessoas torceram o nariz. Achei que a Pixar havia atingido seu auge técnico e, principalmente, emocional. Até testemunhar a odisséia de um pequeno robô com olhos de binóculos em busca de sua amada. “Wall-E” não é apenas uma mega-aventura espacial repleta de incríveis efeitos especiais que deslumbram nossos olhos e mentes. É a mais bela história de amor que apareceu nos cinemas em 2008. É pura poesia, como no balé que Wall-E e Eva protagonizam no espaço sideral. Uma verdadeira e incontestável obra de arte.
02 – Batman - O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight)
“Why so serious?” Sim, a trágica morte de Heath Ledger fez todos os holofotes caírem sobre o personagem do Curinga, criando uma enorme expectativa nesta continuação do sucesso de Cristopher Nolan, “Batman Begins”. Mas TDK (para os íntimos) é muito mais que a magnífica presença do vilão de cara borrada. É uma história sobre as escolhas que fazemos, sobre um homem que lutou pelo que é certo e caiu em desgraça: Harvey Dent (Aaron Eckhart). Sua jornada, que culmina no surgimento do Duas-Caras, é de uma sensibilidade raramente vista em um blockbuster. Um Batman optando por ser um pária e um Curinga psicótico e apavorantemente engraçado são peças chaves nesta trágica história. Um roteiro nunca menos que perfeito nos conduz nesta aventura irretocável, onde não existem homens bons ou maus. Existem apenas homens que optam pelo caminho que acham necessário.
01 - Sangue Negro (There Will be Blood)
Incômodo. Não existe um momento, nas quase três horas de duração deste filme em que não me senti incomodado. Seja pela fotografia épica, pela trilha sonora estranha e fantástica ou pela brilhante interpretação do elenco. Este último encabeçado por Daniel Day-Lewis em estado de graça como um inescrupuloso explorador de campos de petróleo. Seu personagem é egoísta, rude, capaz de grandes atos de maldade... e de um carisma que só um grande ator seria capaz de possuir. O diretor de “Magnólia” criou uma obra-prima do cinema, feita para ser vista mais de uma vez. A frase “Eu bebo seu milkshake!” não abandonará sua cabeça tão cedo.
[...]
MENÇÕES HONROSAS
(ótimos filmes que entrariam na lista se ela fosse maior):
“Queime Depois de Ler”, “Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet”, “[REC]”, “O Nevoeiro”, “Cloverfield – Monstro”, “Onde os Fracos Não tem Vez”, “Agente
Mais listas vindo por aí!
4 comentários:
esse ano eu tive muito estudo, muito trabalho e poucos filmes.
já sei o que vou assistir nessas férias... oba oba!!!
:D
Regina? Não era Rebecca Hall?
Só não curto tanto assim O Orfanato, que acho uma grande bobagem, mas santa cacetada, o Batman em segundo lugar é 'jóia'!
É Rebecca mesmo... a louca!!
A Regina Hall é a gritalhona negra dos "Todo Mundo em Pânico"!!!
desses, dos que eu vi, Encarnação é phoda!o do tio woody também é muito legal...mas disso eu falo mais no meu top 5.
Mamma Mia achei filme de tia solteirona, esqueci dois minutos depois.rsrsrs... Sweeney Todd é um musical legal pacas, mais inventivo, fantasioso..é que gente que fala cantando só se for num universo bem irreal.
Ensaio e Batman foram tbem boas sessões.
Juno é o melhor filme sobre adolescentes que eu vi, em contraposição a Kids, ou as tragédias juvenis de gus van sant.
O resto eu nao vi ainda!
bejo.
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